sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sem motivos para pânico e exageros

O Pelotas perdeu para o Porto Alegre na quarta pelo placar de 2 a 1. Adão (sim... ele ainda joga futebol!) e Jackson fizeram os gols da equipe da capital. Tiago Duarte, em um pênalti inexistente, fez o do áureo-cerúleo. Mais uma vez, os compromissos acadêmicos me impediram de presenciar a partida, evitando também que eu faça uma análise mais detalhada, mas a polêmica foi grande graças aos 2 gols anulados do Lobo.

Conforme minhas fontes, o Pelotas não fez boa partida. Nesse mérito não entrarei, pelas razões alegadas acima. O que me irritou foi a repercussão do confronto. "O Pelotas morre na praia", "voltou tudo ao normal" e frases desse tipo me deixaram indignado com alguns torcedores e colegas de imprensa. Poxa, foram 19 jogos de invencibilidade. Dezenove! É muita coisa!

Não há time que não oscile, não jogue mal algumas partidas, não se deixe dominar pelo adversário. São coisas normais em um esporte no qual há elementos como o empenho físico, há "garra", há dedicação. Por isso, classifico como "ridícula" a atitude daqueles que duvidam do potencial áureo-cerúleo nesse momento. Não há argumentos plausíveis para duvidar de um time com o retrospecto da equipe de Beto Campos.

O retrospecto "recente" seria a grande arma dos críticos se formos tomar como exemplo os anos anteriores. Em 2007, o Pelotas chegou até a última rodada precisando de apenas um ponto para subir. Em 2008, a equipe formada pelos atletas que são a base deste ano ficaram muito próximos da classificação novamente. O problema no ano retrasado foi a conflituosa parceria com o grupo AGS e, no ano passado, a oscilação nas atuações do time de Rogério Zimmermann.

Por mais que algum possam comparar, este ano dá toda a pinta de ser diferente. O time tem peças mais fortes, mais solidez, mais comando e, o mais importante, um bastidor mais forte, muito em decorrência dos traumas anteriores. O Pelotas parece ter aprendido com os seus erros passados, concertado certos furos, percebido que, para subir, não basta somente ter nome, é preciso também ter um time forte, competitivo e brigador.

É claro, daqui a 2 meses esse artigo pode parecer uma tremenda bobagem. Mas nesse momento, tenho certeza que não é uma derrota em casa que vai desestruturar a campanha do lobo e apontar uma suposta crise. Continuo acreditando em uma frase dita por um amigo meu: "Se não atrasarem os salários, o Pelotas sobe em 2009."

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